terça-feira, 30 de outubro de 2012

EDITAL - Eleições DAMED 2012



O Diretório Acadêmico de Medicina (DAMED – UFBA), de acordo com o disposto no Regimento Eleitoral e no Estatuto do Diretório Acadêmico de Medicina, abre o processo eleitoral da gestão do Diretório Acadêmico para o período de 2012-2013.
Composição obrigatória das chapas:
1) 01 Coordenador(a) Geral;
2) 01 Coordenador(a) de Finanças;
3) 01 Secretário(a) Geral.
Cargos facultativos:
1) 01 Vice-Coordenador(a) Geral;
2) Secretarias organizadas de acordo com as propostas da chapa.
Calendário Eleitoral para gestão 2012-2013:
1) As inscrições de chapa devem ser feitas entre os dias 09 de outubro e 09 de novembro de 2012, das 08 às 18h, diretamente com o membro designado da Comissão Eleitoral;
2) O debate entre as chapas inscritas está previsto para o dia 22 de novembro;
3) A eleição será realizada nos dias 26 e 27 de novembro de 2012, das 08 às 18h;
4) A posse da chapa vencedora acontecerá no dia 07 de dezembro de 2012.
Membro da Comissão Eleitoral:
1) Itallo Oliveira Santos
Telefone: 71 92082732
E-mail: itallo.osantos@gmail.com

Gestão “Pés do Tempo” – DAMED 2012

quinta-feira, 12 de julho de 2012

XXV Estágio de Vivência em SUS (Bodas de Prata)



Calouro(a) de 2012.2,
Nós do Diretório Acadêmico de Medicina, DAMED, lhe convidamos para participar do XXV Estágio Local de Vivência em SUS (ELV-SUS), projeto realizado desde 2000! Esta atividade é voltada para os recém ingressos no curso de Medicina da UFBA e tem como objetivo recepcioná-los e inseri-los no universo de problematizações sobre o que é Saúde e os seus determinantes sociais, SUS, reforma sanitária, luta anti-manicomial, partindo do foco da área médica e dialogando com a realidade da população brasileira. Envolve capacitação teórica e deslocamento para a cidade de Vitória da Conquista, referência no processo de implementação do SUS no estado e, ao longo de uma semana, construímos a visão de que a luta por um sistema público, gratuito e de qualidade é possível.
1) O que é o Diretório Acadêmico de Medicina?
O DAMED é o órgão de representação dos estudantes da Faculdade de Medicina da UFBA. Ė formado por estudantes de diversos semestres do curso, discute todos os temas que tocam os estudantes, entre eles, como não poderia deixar de ser, o direito à saúde em sua concepção mais ampla e a educação médica.
O ELV-SUS normalmente é divulgado no dia da matrícula, porém, no contexto geral de greve nas universidades federais em todo o país estamos tendo um pouco de dificuldade em divulgar o estágio e, por isso, precisamos que vocês tentem ao máximo divulgar as notícias a seus colegas para que o maior número deles quanto possível tenha acesso a essas informações e possa participar! Além disso, sempre se mantenham atentos ao grupo e a seus e-mails, pois somente através desses veículos poderemos entrar em contato com vocês!


2) Quando e onde?
O estágio será realizado de 04/07 a 11/07. As oficinas de capacitação para os estagiários ocorrerão nos dias 01/08 e 02/08 no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), a partir das 13h (sala ainda a definir). Vale ressaltar que as oficinas são muito importantes, pois elas são responsáveis por boa parte do embasamento teórico de todo o estágio! Por isso, não faltem! Além disso, elas também podem servir como critério eliminatório caso o número de interessados em participar exceda o número de vagas disponíveis que são em torno de 40. É válido ressaltar que o DAMED sempre fará todo o possível para contemplar todos os interessados.

3) Quais são as atividades desenvolvidas?
As atividades realizadas durante o estágio consistem em:
- Visita a uma Unidade de Saúde da Família da zona rural de Vitória da Conquista.
- Visita a uma Unidade de Saúde da Família da zona urbana de Vitória da Conquista
- Visita a um Centro de Atenção Psicossocial
- Visita a um hospital psiquiátrico
- Visita a hospitais públicos
- Visita a um movimento social organizado
- E muito mais!
Essas atividades objetivam que o estagiário venha a conhecer de perto o sistema público de saúde nos seus três níveis de complexidade, assim como as suas implicações.


4) O que levar?
Recomendamos que cada estagiário leve seu colchonete ou colchão inflável, assim como cobertores e travesseiros. Vitória da Conquista é uma das cidades mais frias da Bahia e é interessante que cada um leve roupas adequadas, pois a temperatura nessa época do ano pode chegar a cerca de 10º! Levar sapato fechado e calça também é essencial, até mesmo porque visitaremos hospitais e centros de saúde. Além disso, levem materiais de higiene pessoal. Itens extras como papel higiênico também são bem vindos, afinal, nunca se sabe quando se pode precisar de um deles, não é mesmo?

Para os estagiários que tenham habilidades musicais: é interessante que levem seus instrumentos para dar uma animada durante os momentos de confraternização e durante o próprio deslocamento no ônibus.

5) E quanto ao deslocamento, alimentação e alojamento?
A alimentação, o deslocamento e o alojamento serão custeados pelos patrocínios conseguidos pelo Diretório Acadêmico de Medicina (DAMED). Entretanto, será cobrada uma pequena taxa de cada estagiário para eventuais necessidades, como, por exemplo, materiais de limpeza, água mineral e combustível, caso a quilometragem do ônibus exceda o que foi acordado no fechamento do patrocínio (o que geralmente ocorre). No ELV-SUS passado, esta taxa foi de R$ 50,00. Além disso, para quem não se contenta com 3 refeições diárias, nós recomendamos que leve comida ou dinheiro para comprar lanches durante o estágio.
Vocês receberão um documento encaminhado aos pais explicando toda a dinâmica do estágio para que eles não fiquem preocupados com seus queridos filhos, mas qualquer dúvida os membros do Diretório Acadêmico estão sempre disponíveis.


CONTATOS:
  1. Deivisson Freitas: (71) 8877-3566 (Oi) / deivissonfs@gmail.com
  2. Elaine Nunes: (71) 8818-6795 (Oi) / nane.nunes@gmail.com
  3. João Gabriel Jagersbacher: (71) 9146-2300 (Tim) / joaogabriel_oliveira@hotmail.com
  4. Maianne Fernandes: (71) 9259-7767 (Tim) / maiannefernandes@gmail.com
  5. Natália Costa: (71) 8898-3743 / naty_costa133@hotmail.com
  6. Igor Bandeira: (71) 8136-3125

  

sexta-feira, 22 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Você  está sabendo que estão querendo transformar o nosso hospital universitário, o HUPES, num hospital PÚBLICO de gestão PRIVADA? 
Veja abaixo a série de vídeos produzida pelo grupo HAA (História da Alegria Atual) para fomentar a discussão do tema!






quarta-feira, 20 de junho de 2012

CONSUNI

                          

No dia 20 de junho, quarta-feira, ocorreu na Reitoria o CONSUNI (Conselho Universitário) – órgão de deliberação máxima da UFBA, abaixo apenas de uma assembleia geral. A pauta única e extensamente debatida entre docentes,  pró-reitores, reitora, discentes e técnicos-administrativos foi a greve na UFBA. Constatou-se que a maior parte da Universidade está paralisada. Foram colocadas pautas específicas dos Institutos e pautas mais abrangentes (como o BUZUFBA, aprovado em CONSUNI no semestre passado para o começo deste ano).
Sendo assim, a Reitoria reconheceu as mobilizações dos 3 setores da UFBA que estão paralisados (servidores, professores e estudantes), escrevendo uma nota de apoio às reivindicações dos movimentos. Em relação à greve estudantil, foi escrita uma nota de apoio reconhecendo a greve e instruindo aos departamentos/institutos que nenhum aluno grevista fosse prejudicado, garantindo que terão suas aulas e atividades repostas, ao final do processo de mobilização.
Quanto ao congelamento do calendário acadêmico, a Reitoria afirmou que quem delibera sobre isso é o CONSEPE – Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Dessa forma, foi solicitada a convocação de um CONSEPE Extraordinário, para deliberar sobre o novo calendário acadêmico, ainda sem data marcada.



quarta-feira, 13 de junho de 2012

segunda-feira, 11 de junho de 2012



Nota de esclarecimento aos docentes responsáveis por componentes curriculares do curso de graduação da 
Faculdade de Medicina da Bahia - UFBA


O Diretório Acadêmico de Medicina (DAMED-UFBA) vem, por meio desta nota de esclarecimento, tornar público aos docentes responsáveis pelos componentes curriculares do curso de graduação da Faculdade de Medicina da Bahia (FAMEB-UFBA) que os estudantes de medicina se encontram em estado de mobilização desde o dia 11 de junho, aprovado em assembleia geral. Reafirmou-se, na assembleia do dia 11, a decisão da plenária anterior (04/06/12) de boicotar as atividades acadêmicas que não houvessem sido interrompidas durante o período de greve, em solidariedade ao movimento dos docentes da UFBA e, em especial, da FAMEB-UFBA

O DAMED tem plena ciência que, embora a definição pela greve aconteça no âmbito das categorias, e que no momento, caminha-se para uma greve geral unificada dos três segmentos da Universidade Federal da Bahia (professores, servidores e estudantes), cabe ao indivíduo respeitar ou não a decisão do seu segmento, e que àqueles que não respeitarem a decisão coletiva, conhecidos como “fura-greve”, caberá a cobrança política pelos seus pares. No entanto, também é do entendimento do DAMED que a UFBA é única e que o calendário acadêmico é único, não devendo haver punições àqueles estudantes que respeitarem o movimento grevista e não comparecerem às atividades acadêmicas coordenadas por professores que não tenham aderido à greve. Essas atividades, ante o reconhecimento da UFBA do estado grevista, deverão ser repostas, em momento oportuno e em novo calendário acadêmico, pactuado nos conselhos superiores com participação das três categorias.

Ante o exposto, solicitamos que medidas sejam tomadas pela FAMEB-UFBA, nas instâncias colegiadas cabíveis, tanto internas à nossa unidade acadêmica quanto no âmbito da UFBA, a fim de evitar prejuízos dessa ordem venham a acontecer aos estudantes, aos professore e aos servidores mobilizados.

Saudações Estudantis,

Diretório Acadêmico de Medicina
Gestão Pés do Tempo

sábado, 3 de março de 2012

Quem é Maria Quitéria?

















Maria Quitéria é uma estudante de Medicina igual a você. Ela gosta de sorvete de chocolate e adora um bom banho de mar. Sente saudade dos amigos da escola que encontra cada vez menos. Tem pouco tempo pra fazer as coisas que gosta e vive tentando arranjar uma bolsa PIBIC (ou Permanecer, ou um emprego de 5 horas e meia por semana pra não chocar com as aulas). Vive economizando pra conseguir comprar aquele livro caro de Anatomia ou o quilo de xerox por mês. Ela traz almoço de casa (e come frio quando o microondas da copa dos professores quebra) e lancha pastel de carne com suco de limão do moço que fica em frente ao prédio de ADM. Ela sempre achou linda a Medicina e foi um orgulho na família quando passou no vestibular (depois daquele ano horroroso do cursinho...). Maria Quitéria se incomoda quando os pacientes são tratados como instrumentos de aprendizagem e não entende porque certas pessoas escolheram esta profissão quando poderiam estar fazendo excelentes trabalhos em alguma mesa cheia de papel e calculadoras. Maria Quitéria desconfia das coisas que lê na Veja e assiste na Globo. Ela acha que o mundo hoje não é justo e se revolta com tanta miséria e sofrimento. Fica com medo quando ouve que calotas polares estão derretendo e dos agrotóxicos em tudo o que comemos. E, apesar do desânimo que às vezes aparece feito uma nuvenzinha em cima da cabeça deixando tudo cinza, ultimamente, vem cada vez mais se convencendo que os homens e as mulheres fazem a sua história e acredita que as coisas vão começar a mudar quando esses mesmos homens e mulheres entenderem isso...








Maria Quitéria é uma personagem criada pelo DAMED em 2006 para debater a Transformação do Currículo de Medicina. Cartazes foram colocados na faculdade para “criar o clima” e deixar as pessoas curiosas do que viria depois: um concurso da “cara” de Quitéria. As festas Relaxa Quitéria 1 e 2 serviram pra animar os estudantes, que toparam a idéia e mais e mais cartazes começaram a surgir de pessoas que nem estavam envolvidas no começo. Entre “Maria Quitéria acha que as Shigellas vão dominar o mundo” e “Quitéria consegue ver no escuro (de tantas noites acordada estudando pra prova)” se criou o espírito na Faculdade para as mudanças que viriam depois. Das 18 Quitérias, a escolhida foi a nossa simpática garota de cabelos em pé e olhos em espiral. Apesar da Transformação Curricular ter saído do papel, o drama de Quitéria continua e, se algumas coisas mudaram, muito ficou do jeito que tava (por isso tenho certeza que você vai se identificar com a historinha dela ainda hoje). Tá na hora de Quitéria acordar outra vez, em cada um de nós, e pra isso vamos juntos nos levantar pra chamá-la: ACORDA QUITÉRIA!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

XXIV Estágio Local de Vivência em SUS (ELV-SUS)

Nós, do Diretório Acadêmico de Medicina (DAMED-UFBA), estamos convidando você, calouro de Medicina em 2012.1, a participar do XXIV Estágio Local de Vivência em SUS (ELV-SUS). Antes disso, porém, vamos esclarecer algumas coisas:

1) O que é o Diretório Acadêmico de Medicina?

O DAMED é o órgão de representação dos estudantes da Faculdade de Medicina da UFBA. Ė formado por estudantes de diversos semestres do curso, visando, dessa forma, obter uma pluralidade de opiniões que é essencial para a discussão. O DAMED discute todos temas que tocam os estudantes de Medicina de uma forma ou de outra. Dentre eles, o mais importante é, como não poderia deixar de ser, o direito à saúde em sua concepção mais ampla e a educação médica, tendo em vista ainda o processo de transformação curricular pelo qual o curso de Medicina da UFBA está passando.

2) Transformação curricular? Como assim?
O curso de Medicina ho
je na maioria das escolas médicas do Brasil (inclusive na UFBA) tem como base um currículo arcaico, com um predomínio absurdo da teoria sobre a prática e uma supervalorização da memória como principal atributo do médico formado. Além disso, as diretrizes curriculares do MEC para o curso de graduação de Medicina preconizam a atenção básica à saúde através de ações de prevenção e promoção da saúde. Infelizmente, porém, o que se vê muuuitas vezes na prática e no dia-a-dia da faculdade é um direcionamento, por parte dos docentes e da própria estrutura do curso, para uma formação cada vez mais fechada que visa a formação de médicos que atendam na rede privada de saúde. O curso de Medicina da UFBA hoje se encontra em processo de remodelagem, com o intuito de assegurar a formação de médicos comprometidos com a saúde pública e com a Medicina Preventiva, assim como proposto pelo MEC.

3) Tudo bem.... Mas o que é esse "Estágio Local de Vivência no SUS" mesmo? Como funciona?

O Estágio Local de Vivência em SUS, projeto realizado semestralmente pelo DAMED desde 2000, é voltado para os calouros do curso de graduação em Medicina da UFBA e tem como objetivo recepcionar os estudantes recém-egressos do vestibular e inseri-los no universo de problematizações sobre o que é Saúde e os seus determinantes sociais, SUS, Reforma Sanitária, Luta Anti-manicomial e sobre a necessidade de se formar profissionais de saúde, partindo do foco da área médica, que saibam dialogar com a realidade da população brasileira. Esta discussão, imprescindível à formação de indivíduos comprometidos com a construção social, se perde ao decorrer do período de formação acadêmica sendo, quando muito, tangenciada pontualmente em algumas poucas disciplinas das grades curriculares dos cursos de Medicina. Assim, após uma série de momentos teóricos de capacitação, os estagiários serão deslocados para a cidade de Vitória da Conquista, onde o processo de implementação do SUS encontra-se avançado no estado da Bahia, e, a partir da vivência de uma semana, queremos construir, coletivamente, a visão de que a luta por um sistema público, gratuito e de boa qualidade de atenção à saúde das populações é possível. A avaliação dos calouros tem sido muito positiva, pois além de cumprir com os objetivos principais de sensibilização do estudante para o SUS e para o processo de transformação curricular da FAMEB, o estágio também possibilita uma boa integração da turma, antes mesmo do início efetivo das aulas! ;D


4) Quando e onde vai ser? Como eu faço para me inscrever?

O estágio será realizado em Vitória da Conquista no período que compreende a semana entre o dia 25/02 a 03/03/2012. No período de matrícula, o DAMED recepcionará os calouros, a fim de orientá-los sobre a inscrição, as atividades que envolvem o estágio, tais como as oficinas de capacitação com os estudantes interessados e a viagem propriamente dita. Provavelmente, haverá uma pequena taxa para cobrir necessidades básicas da viagem.


5) Quero muito participar, mas eu passei para o segundo semestre (2012.2)... Como que eu faço?


O estágio de vivência em SUS (ELV-SUS) acontece semestralmente desde 2000, sempre antes do início de cada semestre. Se você passou para o segundo semestre, relaxe! Antes do período de matrícula do segundo semestre (por volta do final de julho ou início de agosto), nós entraremos em contato novamente. Todo mundo poderá participar, só que no momento certo!


Pra começar é isso! Ainda existirão muitos outros momentos para informações e esclarecimentos. Qualquer dúvida basta postar no grupo do ELV no FACEBOOK, perguntar a algum veterano (são gente boa, pô...) ou se você anda meio tímido pode mandar uma mensagem pro e-mail damedparticipe@gmail.com !

"Ahh... ok, mas eu me sinto melhor com um contato mais pessoal, é mais aconchegante..."

Sem problemas! É só escolher alguém na lista abaixo! Os veteranos estão sempre disponíveis, inclusive durante a madrugada viu, ou vocês ainda não sabem que dormir NÃO é coisa de estudante de medicina? :D

Bem vindos à FAMEB!
AbraSUS!

DAMED


Contatos:

Thamirys Marinho

Tel: (71) 87663414 / (71) 93041676

e-mail: tthamysousa@hotmail.com


Mariana Prates

Tel: (71) 91862990

email: mari_prates@hotmail.com


Emerson Monteiro

Tel: (71) 88114951

e-mail: emonteirocoes@hotmail.com


Maianne Fernandes

Tel: (71) 88114951 / (71) 92597767

e-mail: maiannefernandes@gmail.com


Luna Carvalho

Tel: (71) 87874160 / (71) 93091675

e-mail: luna.dca@gmail.com



domingo, 22 de janeiro de 2012

DILIGÊNCIA – E o Médico Residente?

Não é de agora que boa parte dos egressos das mais diversas faculdades de medicina do país busca a especialização da sua prática profissional através dos programas de residência médica. E também não é de agora essa busca tem-se tornado, cada vez mais, mandatória – seja para conseguir um “lugar de conforto” no dia-a-dia profissional, seja para se sentir seguro no dia-a-dia do exercício da medicina, seja para conseguir definir melhor o seu lugar no mercado de trabalho, o médico e a médica recém-formados têm optado por “fazer residência”.


Uma parte considerável dos egressos das escolas nordestinas – e principalmente das escolas médicas baianas – resolve “fazer residência fora”, notadamente nos Hospitais das escolas médicas dos estados de São Paulo (principalmente), Minas, Rio e em Brasília. Mas uma parcela muito grande dos médicos formados na Bahia (assim como grande parte dos médicos formados no nordeste) opta por fazer residência médica na Bahia. E o “Hospital das Clínicas” – com sua tradição, sua história e com os diferentes grupos de professores responsáveis por coordenar e atuar enquanto preceptores nos seus diferentes programas de residência – é dos hospitais mais procurados pelos aprovados no SUS-BA. Já foi o mais procurado, a primeira opção na totalidade dos seus programas. E se hoje não é mais, é porque existem algumas coisas erradas. E esse erro não é de agora.


O atual processo de Diligência vivenciado pelo HUPES, como tem sido comentário geral, é apenas a ponta de um iceberg, a ponta de um novelo de lã que foi “mais que embolado” por diferentes mãos. Em 2005 também houve uma Diligência coletiva, em que “medidas emergenciais foram tomadas” para que pudesse haver o concurso para MR1 no ano seguinte. E, ao longo dos seus 63 anos, muitas foram as circunstâncias em que o HUPES e os seus programas de residência estiveram “perigando”. Se é verdade que “sempre tem-se dado um jeitinho”, e que ele “nunca fechou as portas”, é verdade, também, que no global, a situação do nosso Hospital tem piorado. De local de tecnologia de ponta, de referência nas diversas especialidades, de “se fazer ciência”, o HUPES tem-se tornado um espaço de “tocação de serviço” para a maioria dos médicos-residentes. Evidentemente, um lugar de “tocação de serviço” onde se está do lado da maioria das grandes cabeças que pesquisam e produzem ciência médica em nosso estado. Onde ainda se aprende boa medicina. Mas onde poder-se-ia aprender muito mais se o serviços, em sua maioria, não dependessem dos médicos-residentes para funcionar. E, para mudar essa realidade, tem faltado, substancialmente, duas coisas, como bem apontam os diferentes documentos do atual processo de diligência (MEC e respostas): financiamento e uma gestão competente e comprometida – do HUPES e de boa partes dos programas de residência médica.

Se a questão do “subfinanciamento” é global e atinge todos os hospitais universitários do país – sendo que têm existido diferentes propostas e métodos para lidar com a escassez dos recursos e captar verba, tanto da parte do Governo como dos próprios Hospitais – as questões referentes à gestão, que preenchem a maioria dos itens levantados como problema pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNMR) no relatório de abril de 2011 (remetido ao HUPES, à COREME e à Reitoria), dizem respeito, única e exclusivamente, à nossa casa. E somos nós os responsáveis por “arrumá-la”. Cabe a pergunta: será que tem sido feito pela COREME e pela CEREM (Comissão Estadual de Residência Médica), efetivamente, o que é necessário para o bom funcionamento dos Programas de Residência Médica do HUPES?


Chega a ser ilógico pensar que tudo está correndo bem, que tanto a CEREM quanto a COREME – e aqui são as comissões, e não seus respectivos coordenadores/presidentes – estão dando conta do recado de organizar os programas de residência médica (PRM) do HUPES e da MCO, de fiscalizar seus funcionamentos, de realizar avaliações sérias, periodicamente, e os ajustes necessários, de organizar as atividades teórico-práticas e científicas, de cobrar o cumprimento da carga horária dos preceptores dos diversos programas e de buscar as necessárias melhorias infra-estruturais para o HUPES e os PRM – e que foi por implicância que o MEC manteve, por mais de um ano, o HUPES e todos os seus PRM em avaliação e, posteriormente, os diligenciou. Então, na verdade, tanto a COREME quanto a CEREM não têm dado conta do recado. A diligência não é atoa, e continuar apostando na impunidade, na “pizza” – como foi feito ao longo de mais de um ano, e levou o HUPES e todos os PRM a atual situação – é, pelo menos, leviano. Pois, como tem sido possível escutar nos corredores do HC, e como a história tem mostrado, se “o único motivo para não descredenciarem os PRM do HUPES é porque é o HUPES, mas os problemas vão continuar”, há algo de muito podre no reino de “Edgard Santos”. Algo que tem piorado muito ao longo dos anos, e com o que não podemos continuar nos conformando.


Se, nacionalmente, algumas vitórias importantes foram conseguidas pelos residentes após muita luta – a MP 536, publicada recentemente no Diário Oficial da União e que garante os reajustes anuais da bolsa dos MR, além de moradia e alimentação, é talvez o maior exemplo – localmente, no HUPES e na Bahia, ainda há muito por se fazer. Tanto que chega a ser difícil escolher-se por onde começar – sobretudo quando, apesar do diagnóstico dos problemas já ter sido feito (e mais de uma vez!), um dos principais sujeitos políticos dessa “briga de cachorro grande”, os próprios residentes, encontram-se desarticulados: sem uma representação formal, sem uma associação estadual dos MR forte e atuante. Talvez o primeiro – e o principal – passo a ser dado seja exatamente esse: o de se organizar para encarar o que estar por vir: a nova visita da comissão, a reavaliação, as (novas?) exigências que serão feitas. Se organizar para conseguir lutar por mudanças no seu próprio processo de formação e especialização profissional. E, como consequência, por mais qualidade na assistência à saúde realizada no COM-HUPES e na MCO.


Nessa caminhada, que os MR do COM-HUPES e da MCO tenham certeza que podem contar com o DAMED-UFBA (Diretório Acadêmico de Medicina), e de tudo que pudermos dispor – meios de comunicação, rede social, espaços de representação – enquanto aliado na luta pela requalificação do Hospital Universitário Professor Edgard Santos e dos seus Programas de Residência.

(Em 6 de novembro de 2011)

DILIGÊNCIA – Quais são os problemas?

A diligência à qual estão submetidos todos os programas de residência médica do C-HUPES e MCO foi determinada após avaliação da CNRM, a partir da qual foi elaborado um relatório sobre os problemas vivenciados nas instituições e que relacionam-se ao funcionamento inadequado desses programas.

Os problemas foram apontados pelos próprios médicos-residentes (MR), bem como por professores-preceptores, dirigentes do hospital e da maternidade e pela reitoria-UFBA, e entre eles destacam-se:
1) Afastamento entre Reitoria, FAMED-UFBA e direção do Hospital.
2) Problemas de Recursos Humanos, que inclui falta profissionais de cargos técnicos e administrativos e médicos-preceptores, o que gera falta de supervisão de atividades dos MR e responsabilização dos mesmos pelos internos da graduação da FMB-UFBA, principalmente em plantões noturnos.
3) Falta de Recursos Materias, desde material descartável até cateteres e sondas. Adicionalmente, muitos equipamentos usados em técnicas de diagnóstico por imagem são obsoletos e/ou não funcionam, nem recebem manutenção adequada.
4) Inadequação de atividades, pois alguns programas dispõem de pouca rotatividade de pacientes, bem como concentração na atenção terciária à saúde, sendo necessária maior carga de atividade ambulatorial
5) Necessidade de adequação de atividades não oferecidas pelo C-HUPES através de convênios com outras instituições.
Entre outros problemas, como a sobrecarga devido ao grande número de leitos/MR, impossibilidade de realizar rodízios opcionais em outras instituições, condições ruins de trabalho e assistência (ex: não fornecimento de refeições para os MR em plantão noturno).
Os dirigentes do C-HUPES, da COREME e da MCO já elaboraram planos de ação para solução dos problemas apontados, cuja execução será avaliada por nova comissão da CNRM. Caso se observe que há pouca ação no sentido de colocar em prática esses planos, os programas de residência médica continuarão em diligência até o prazo final de adequação de abril de 2011.
Dessa forma é necessária uma mobilização dos MR e dos graduandos da FMB-UFBA, que estão incluídos na rotina do Hospital e da Maternidade, para pressionar as instâncias responsáveis, por uma ação efetiva e que busque a solução desses problemas.

(Em 5 de novembro de 2011)

DILIGÊNCIA – O QUE É BUCHICHO E O QUE É VERDADE


Olá, companheiros! Vamos resgatar aqui no blog um pouco sobre a DILIGÊNCIA DO HUPES e o que vem acontecendo desde que o problema emergiu! Quase uma "restrospectiva 2012" ! haha
Vamos lá! ;D

Durante o ano de 2010, todos os Programas de Residência Médica do Complexo-HUPES e da Maternidade Climério de Oliveira (COM-HUPES e MCO) estiveram sob avaliação do MEC, através da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Desde então, a CNRM vem apontando problemas sérios, de “diversas ordens e origens”.

Então, no início do ano de 2011, a CNRM já possuía o entendimento de que deveria colocar todos os Programas de Residência Médica do COM-HUPES e MCO sob DILIGÊNCIA, mas, por entender as implicações desse ato – o COM-HUPES e a Maternidade-Escola reúnem 26% das vagas de residência médica da Bahia, e 31,4% das vagas de Salvador – realizou-se, em fevereiro deste ano, nova visita da Comissão para reavaliação.

O produto dessa nova visita foi enviado às instâncias competentes em abril/2011 – um relatório que apresentava novas propostas de ação para os problemas enfrentados pelos Programas de Residência Médica do HUPES e da Climério, com vinculação de responsáveis (Diretoria do HUPES e da Maternidade, COREME, Diretoria da FMB e Reitoria) e prazos para a execução. Conseqüentemente, a COREME, a Diretoria da MCO e a Diretoria do HUPES enviaram documentos de resposta ao relatório da CNRM/MEC, remetidos à Brasília pela Reitoria da UFBA. Entretanto, nenhum dos documentos-resposta relatou as providências tomadas para resolver os problemas apontados pelo relatório da CNRM/MEC, que era justamente o que a CNRM esperava que fosse feito!

Assim, em setembro/2011, após 05 meses da chegada do relatório da CNRM/MEC em Salvador - nas mãos dos responsáveis por operar os ajustes apontados no documento - e após quase 02 anos de avaliação, a Comissão Nacional de Residência Médica, entendendo que:

A COREME da Instituição [HUPES], a Direção do HUPES e a Reitoria da UFBA não apresentaram comprovação da realização do plano proposto pela CNRM – há documentos relatando encaminhamentos das solicitações, contudo não devidamente concluídos”

... resolve colocar todos os Programas de Residência Médica (RM) do HUPES e da MCO em:

Diligência por 180 dias para a resolução das exigências e cumprimento do plano proposto, com conseqüente impedimento da abertura de novo processo seletivo para RM. Acompanhamento sistemático da CEREM-BA [Comissão Estadual de Residência Médica da Bahia] para avaliar andamento do processo. Nova visita pela CNRM no fim do prazo de 180 dias. Recomendação que a Reitoria da UFBA tome conhecimento das conseqüências e se manifeste sobre as soluções

Desde então, uma força-tarefa tem sido realizada por diferentes instâncias e autoridades a fim de tirar o HUPES e a COM dessa situação desastrosa. A principal ação foi a elaboração do relato das providências tomadas a partir das exigências feitas pela CNRM/MEC em abril - coisa que não foi feita pela COREME, pela Diretoria do HUPES e da MCO nos seus respectivos documentos anteriores. Outra ação, articulada através da interlocução do HUPES, da MCO e da Diretoria da FMB-UFBA com a SESAB, foi o adiamento (provisório) da divulgação do Edital do processo seletivo para o SUS-BA. A tentativa é tirar o HUPES da diligência para, somente após, lançar o edital.

A nova resposta (em verdade, a primeira) ao relatório da CNRM, cuja organização coube ao Prof. José Tavares-Neto, foi enviada à Brasília e deu resultados: ACONTECERÁ, AGORA EM NOVEMBRO, UMA NOVA VISITA DA CNRM. Durante a visita, se a comissão tiver o entendimento de que as exigências estão sendo cumpridas, a decisão de colocar os Programas de RM em diligência poderá ser revista – o que poderá permitir a participação do HUPES no concurso SUS-BA 2012.

(Em 3 de novembro de 2011)